A Coalizão Negra por Direitos, articulação que reúne 250 organizações, entidades e coletivos do movimento negro brasileiro, entregou ao relator da CPI da Covid-19 no Senado, senador Renan Calheiros, um levantamento dos impactos sanitários, sociais e econômicos da pandemia junto à população negra no Brasil.
Com base em pesquisas científicas e reportagens, os dados trazidos pelo dossiê apontam que cidadãos negros são as maiores vítimas da COVID-19, índice em torno de 55% das mortes pela doença. E que, além das milhares de vidas perdidas diretamente pelo vírus, a população negra é a mais impactada pelas consequências sociais e econômicas da pandemia: o aumento da fome e insegurança alimentar, o aumento da violência, o aumento do desemprego e dos trabalhos precarizados.
As organizações que assinam o documento sugerem que o relatório final da comissão parlamentar diga que as vidas negras e povos tradicionais (quilombolas e indígenas)
são alvo principal da gestão criminosa e negligente do governo Bolsonaro.
“Durante os últimos dois anos a população negra está refém de uma política de morte abarcada pelo vírus, bala e fome. É fundamental que essa Comissão destaque que a população negra foi a que mais morreu pela má gestão da pandemia e que está em situação de maior fragilidade nas consequências sociais e econômicas da pandemia.”, conclui o dossiê.
QUADRO COMPARATIVO DOS IMPACTOS DA PANDEMIA
POR DISTRIBUIÇÃO RACIAL:
Indicador Brancos
Homens:
157/100 mil habitantes
Mulheres: 85/100 mil habitantes.
Taxa de vacinação (até 14/03/2021)
3,2 milhões de vacinados
Indicador Pretos e Pardos
Homens: 250/100 mil habitantes.
Mulheres: 140/100 mil habitantes.
Taxa de vacinação (até 14/03/2021)
1,7 milhão de vacinados
Fonte: Coalizão Negra por Direitos
LEIA A INTEGRA DO DOSSIÊ:
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